terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O explendor de um reino parte 11

Vamos agora atentar para a administração de todo este reino. Quem conquistou todo aquele território sabemos que foi Davi. Porém seria necessário que Salomão seu sucessor, ordenasse a segurança do reino em todas as suas fronteiras. Para Israel seria difícil manter a segurança de todo aquele território apenas utilizando guarnições. Então como sabemos que Salomão foi o maior dos sábios de todos os tempos da História de Israel, podemos observar a sua diplomacia.
O quê fez Salomão então? Como já anteriormente vimos que Salomão aparentou-se com o rei do Egito. Casando com a princesa egípcia, assim garantiu um forte aliado, que possuía um bom exército, para apóia-lo em caso de uma guerra eminente com qualquer inimigo que houvesse ousar enfrenta-lo. Ainda fortificou as cidades fronteiriças, construiu cavalariças, ao todo 40.000 estrebarias para cavalos, possuía 12 mil cavaleiros. Assim Salomão fortaleceu o seu exército com cavaleiros, muito ao contrário de Davi, que quando venceu o rei da Síria, mandou jarretar todos cavalos por não possuir gente capaz de monta-los, deixando apenas cem carros para si, e com certeza apenas carros de transporte. Agora Salomão sendo genro de Faraó do Egito, recebeu como dote por sua mulher a cidade de Gezer, a qual Faraó a tomou e queimou a fogo das mãos dos cananeus. Como podemos ler em I Reis cap 10 vs. 19- E todas as cicades das munições que Salomão tinha e as cidades dos carros e as cidades dos cavaleiros, e o que o desejo de Salomão quis edificar em Jerusalém, e no Líbano e em toda a terra de seu domínio.
Salomão impôs tributo sobre todos os povos conquistados, porém ao povo de Israel não os fez tributários, nem mesmo os escravizou, colocou-os como seus príncipes e chefes sobre os trabalhadores e alistou-os para o exército. Veremos também que Salomão formou uma marinha mercante. Como lemos em I reis 10:26- Também o Rei Salomão fez naus em Exiom-geber, que está junto a Elote, na praia do mar de Sufe, na terra de Edom. E mandou Hirão com aquelas naus os seus sevos, marinheiros, que sabiam do mar, com os servos de Salomão. E vieram a Ofir e tomara para o rei Salomão quatrocentos e vinte talentos de ouro. O mar onde navegavam essas naus era o mar Vermelho, pois não caberia à Salomão competir o comércio marítimo com seu amigo Hirão, pelo que vemos Hirão até enviou seus marinheiros para conduzirem as naus de Salomão, e com certeza ensinar os marinheiros de Salomão. Desta forma Salomão estendeu as relações comerciais para garantir as despesas que teria com os grandes empreendimentos que estava a fazer. Como a construção do templo do Deus de Israel. Só na obra da construção do templo foram sete anos, onde foi empregada grande mão de obra. E para poder sustentar todos os empreendimentos, toda sua corte, e para que houvesse alimento suficiente ao povo, aos animais Salomão tinha seus provedores como já anteriormente vimos. O negócio comercial de Salomão com Hirão rei de Tiro, foi demonstração de uma boa relação comercial. Beneficiava ambos os lados. Hirão prometeu entregar a Salomão toda a madeira de que precisasse, em troca disto Salomão lhe forneceria uma cota de vinte mil coros de trigo, e vinte coros de azeite batido de ano em ano. Para termos uma idéia de quanto necessariamente seria a quantia destes dois produtos em termos de nossas medidas atuais, temos que conhecer as medidas utilizadas naquela época.Tomamos aqui a tradução do Dicionário bíblico, feito por D. Ana e Dr. S.L. Watson, publicado pela Imprensa Bíblica Brasileira. Temos então o seguinte;
Para medidas secas
1 Coro equivalente à 369,2 litros.
1 Efa equivalente à 10 ômeres.
1 Coro equivalente à 10 efas e 100 ômeres.

Para medidas liquidas
1 Coro equivalente a 10 batos = 60 him = 720 logmo (369,2 litros).

Ao observarmos a relação de medidas usadas naqueles tempos encontramos a quantidade calculada do provimento que Salomão recebia de seus provedores em cada dia, segundo I Reis cap 4 vs 22.
“ Era, pois o provimento de Salomão, cada dia, trinta coros da flor de farinha e sessenta coros de farinha; dez vacas gordas e vinte vacas de pasto, e cem carneiros, afora os veados e as cabras monteses, e os cocos, e aves cevadas.”
30 coros de flor de farinha equivalente à 11.070 litros por dia
60 coros de farinha equivalente à 22.140 litros por dia.
Vemos que para tudo isso dar certo Salomão organizou muito bem o seu reino.
Vemos aqui uma peculiaridade na organização de trabalho dos provedores. Cada mês um provedor era responsável para suprir a mesa do rei, assim sendo que nos próximos onze meses, este provedor tinha tempo suficiente para a produção, comprar e estocar tudo quanto lhe era necessário para cumprir sua tarefa. Lendo isso podemos imaginar a quantidade de empregados que cada provedor possuía, as relações comerciais com os agricultores, com os criadores de vacas, com os caçadores, com os moedores de trigo, o trabalho de transporte para tudo aquilo, o armazenamento. Podemos imaginar um país tendo um desenvolvimento econômico, industrial e comercial em todos os aspectos. Caravanas atravessavam de um lado ao outro, no campo os lavradores todos trabalhando, mercadores de todos os lados saindo e chegando em Jerusalém, uma economia estabilizada, crescendo dia a dia, um enriquecimento não só do reino, mas também do povo. Desemprego? Não havia, talvez pudesse haver em algum local a falta de trabalhadores, mas isso era certamente um problema muito pequeno, pois, as relações exteriores de Salomão eram extensas e com isso podemos ver que todos os povos em sua volta vinham até Salomão para não só conhecer o seu reino, a sua sabedoria, mas também aprender alguma coisa sobre a administração do reino e manter uma boa relação comercial. Imaginemos naqueles dias a quantidade de estrangeiros que vinham para Israel em busca de trabalho?
Riqueza, e abundância de alimento e outras coisas a mais, isto sim era a prosperidade e a grandeza de um reino muito bem administrado.

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