terça-feira, 18 de março de 2008

Templo, a casa de oração

O TEMPLO, A CASA-IGREJA, CASA DE ORAÇÃO Muitas vezes nos perguntamos; è necessário construirmos grandes templos, majestosos, e de arquitetura suntuosa, de maneira que venha distinguir entre muitas outras construções a diferença de uma igreja cristã? È realmente necessário oprimir o povo cristão para que todos contribuam forçosamente, de seu suado salário, muitas vezes tirando o sustento de uma criança para então satisfazer a ambição de certos líderes religiosos? Vamos analisar aqui este fato. O que pretendo expor neste relato é necessário, para que todo aquele que se diz cristão não seja subjugado pelos poderes hierárquicos de determinadas denominações religiosas. Pois bem. Uma comunidade religiosa tem a necessidade de obter um local adequado para reunir-se e prestar o seu louvor a Deus. Segundo o costume de sua religião. Mas nós aqui estaremos falando sobre o povo de Deus, sim este povo que se dedica de corpo e alma em fazer somente à vontade de Deus conforme os seus mandamentos e sua doutrina de acordo com as Escrituras Sagradas. O povo hebreu quando deixou o Egito saiu com um único destino. A terra prometida, e durante quarenta anos caminhou pelo deserto. Moisés recebeu de Deus a ordem de construir um santuário onde somente o sacerdote poderia entrar para oferecer a Deus o sacrifício e as ofertas pacíficas. O povo congregava-se em frente do santuário. Foi só depois de centenas de anos que Davi, rei de Israel decidiu em construir uma casa a Deus. Um templo para que lá fosse feito o santuário onde o sacerdote administraria as cerimônias. Mas havia um detalhe neste templo em que a mulher não poderia entrar no templo e nem mesmo o estrangeiro. E para cada classe de sacerdote havia um compartimento em que um poderia entrar outro já não poderia. Mas aquele era o lugar em que Deus consagrara para que lhe fossem feitos os cerimoniais de sacrifícios e ofertas. Sabemos que daquele templo não sobrou nada além de ruínas. Como está escrito que Deus não habita em casas feitas por mão de homens. Deus habita no coração daquele que crê e obedece aos seus mandamentos. Como o próprio Deus disse: QUE CASA ME EDIFICAREIS? Os cristãos primitivos, não possuíam templos ou outra casa qualquer onde podiam chamar de igreja ou casa de oração. Reuniam-se em casas particulares, e durante as perseguições empreendidas pelos romanos escondiam-se em cavernas subterrâneas chamadas catacumbas. Estas eram cemitérios onde os mortos judeus eram enterrados. Observamos uma coisa, de que os judeus não aceitavam a idéia de contaminar-se. Assim evitavam passar ou entrar nos túmulos, pois acreditavam que aquele que tocasse em alguma coisa morta estaria imundo por certo tempo. Dá-se a entender que os cristãos já desfeitos destas crendices, oportunamente encontraram uma saída nas perseguições empreendidas, pelos romanos. Assim se refugiavam em cavernas subterrâneas escavadas para serem utilizadas como cemitério. Ali talvez oravam, e suplicavam a Deus, pedindo o seu socorro. Na verdade os primitivos cristãos não concebiam a idéia de que deus só estaria presente em suas vidas se eles se reunissem num lugar adequado para um culto. Mas isto demonstra que os cristãos primitivos criam que Deus habitava em seus corações, independentemente do lugar em que estivessem reunidos. Deus sempre estava presente em suas vidas, nas cavernas, nas casas, até mesmo numa arena ou circo romano, quando estes mesmos cristãos eram entregues aos leões como parte de um espetáculo tirano e selvagem que tinha como objetivo não de apenas entreter o povo romano, mas também como uma medida de tentar destruir a fé cristã. Antes do século III, nada se pode dizer que os cristãos construíram grandes obras de arquitetura, ou templos religiosos. Só depois de Constantino ter-se arbitrariamente denominado Papa, é que se começou a aparecer as construções de grandes templos. Templos só existiam para os deuses pagãos. Nada tem de concreto que os primitivos cristãos dedicavam suas vidas em construírem igrejas. Estavam espalhados pelo mundo todo, reuniam-se em casas próprias de algum irmão para celebrarem a santa ceia, e juntos orarem a Deus. Proclamavam a palavra de Deus de uma maneira que a Igreja de Cristo foi crescendo com o passar do tempo. Já na idade média justamente nos tempos das cruzadas, ou do tempo chamado da Inquisição. Havia muitas e grandes catedrais, erguidas com ostentação e luxo. Porém convêm observarmos que eram igrejas que se denominaram cristãs, mas não professavam a palavra da verdade. Esta mesma igreja na época é responsável pela morte de milhares de cristãos, que por não concordarem com a maneira de religiosidade falsa foram perseguidos e sumariamente assassinados. Não precisamos detalhar fatos ou casos sobre isto, pois os livros nos contam estas histórias, sim livros escritos pelos próprios falsos cristãos. Deduz-se que um número razoável de pessoas que se congregam para prestar um culto a Deus em algum lugar, necessitam de estarem protegidos das intempéries do tempo. Então é necessário que sejam construídos locais adequados para comportarem sempre um número crescente de fiéis. Mas este lugar não precisa necessariamente ser de luxo. Deve ser simples, confortável, seguro e amplo. Pois se construirmos um templo com grande ostentação de riqueza este não será apenas um templo para abrigar os fiéis, mas para demonstrar a riqueza que possuem tal congregação. Devemos sim acompanhar o desenvolvimento e o crescimento da obra de Deus, mas com moderação e simplicidade. Pois a riqueza de uma igreja não está na construção de um templo, mas está no coração de todo fiel. Lembramos qual foi o diálogo entre Jesus e seus discípulos quando estes maravilhados mostravam o templo que fora erguido por Herodes. Eles admiravam-se pelas grandes pedras e o acabamento que segundo as pesquisas arqueológicas confirmam que o templo era revestido de mármore. Então o Mestre lhes disse. Por que vos maravilhais? Sabeis, pois que disto não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada. São coisas que estão guardadas para o fogo, e toda a obra secular será desfeita. Portanto não devemos sacrificar o povo a fim de mostrarmos ostentações de posses e patrimônio. Maio/2003 Paulo Sobrinho

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